segunda-feira, outubro 22, 2007

Meu vizinho morreu.....

O Johnny (cão da viviznha) se foi....
Morreu no início da noite....
Aparentemente, não foi atropelamento ou outro trauma maior.
Certamente, foi envenenamento.....

Não posso afirmar quem foi, mas o coitadinho do cãozinho foi brutalmente assassinado!
E quem é o culpado?
Não sabemos quem, mas com certeza sabemos a índole dessa pessoa:
- Ela deve ser mal-amada;
- Ela dever ser maltratada;
- Ela deve ser sem coração!

Quem faz isso com um animal indefeso merece punição!
Ainda mais se o animalzinho era de uma criança!
A Luana está desconsolada.....
Uma garotinha chorando por inconseqüência dos seres humanos?
Não tenho mais palavras........



Fica aqui o meu protesto contra esses seres desalmados que pensam um dia ficar ao lado de Deus....

sábado, outubro 20, 2007

Nem tudo é poesia na música brasileira.....

EXCELENTE MATÉRIA QUE ENCONTREI NO PORTAL SKOL BEATS!

Freddy Clubber, o novo colaborador do Portal Skol Beats, levanta os trechos de músicas brasileiras que ganharam imortalidade pela falta de sentido, noção ou forçação de barra mesmo

Freddy Clubber*

Prestar atenção às letras que acompanham as músicas que se escuta o dia todo (e todo o dia), nem sempre é tarefa fácil. Entretanto, o garimpo vale a pena. Escondidas em meio à melodia, às batidas ou ao som instrumental, encontram-se pedras preciosas de enorme quilate poético. E outras, nem tão líricas assim.
Com algumas das frases menos brilhantes da história da música brasileira na cabeça, começa aqui uma série de compilados com um pouco do que nossos compositores proporcionaram de pior - ou de mais bizarro.
Escute agora a coletânea "Tão Ruim que Chega a Ser Bom, Volume 1" (e faça sua opinião valer nas próximas seleções):



* "Rolei n'areia e fiquei louca. Muito louca!"
("Tem que valer"; Kaleidoscópio)
Viva o melô do croquete! Viva a esquizofrenia da maluca que, no meio da praia lotada, tomba na areia e sai, como um rolo compressor, atropelando castelos-de-areia, crianças que brincam na beira do mar e os inocentes que só queriam pegar um bronzeado! Tadinha desta apaixonada que se dispõe a fazer o ridículo papel de descer dunas de cabeça em nome de um amor de verão, que talvez nem subir a serra suba. O que o tóxico faz com a pessoa, não é não, minha gente?



* "E avisa o Chambourcy que tem Danone à vontade"
("Cohab City"; Negritude Junior)
Netinho de Paula fez por merecer o título de fada-madrinha da periferia com as benesses que distribui. Analisando a letra de "Cohab City", é possível descobrir onde tudo começou: o vocalista do Negritude Junior tem tanto, mas tanto apreço por seu amigo danonista que passou no supermercado e encheu o carrinho de iogurte só para assegurar sua presença no pagode. Ou ganhou um belo cachê pelo merchand da marca de iogurtes, vai saber.



* "Hoje a festa é lá no meu apê. Pode aparecer, vai rolar bunda-lê-lê"
("Festa no Apê"; versão de Latino)
Ok, Latino, seu gosto sempre foi questionável. Ponto pacífico. Mas agora é demais: reunir pessoas na sua festinha particular para abaixar as calças e mostrar o traseiro pra quem passa na rua é atentado violento ao pudor. Ou seja, crime. É bom que a promessa se limite à sua liberdade lírica. Caso contrário, daqui a pouco seu bunda-lê-lê vai ser admirado por satisfeitos companheiros de cela.



* "O teto tão baixo, fui até o centro Lírico Ulisses devorador de Milk Shakes"
("Eletricidade"; Fernanda Porto)
Letra do tipo "papo-cabeçudo". Entre em um táxi e peça que te leve até o "Centro Lírico Ulisses devorador de Milk Shakes". Para se precaver da cara de tacho com que o motorista vai te olhar, tenha o telefone da Fernanda Porto à mão e peça maiores instruções para a multiinstrumentista, que deve saber o melhor caminho para o Centro Cultural que só ela conhece.



* "Dinheiro você já tem, eu te ofereço meu míssil. Do you wanna give me girl? Do you wanna give me o anel?"
("Gimme o anel"; Charlie Brown Jr.)
Chorão, primeiro de tudo: guarde seu míssil que ninguém aqui está interessado nele (aparentemente, nem a moça para a qual escreveu a letra). Segundo, caso deseje saquear a joalheria da menina, faço-o quietinho, sem alardear ao mundo suas taras, beleza?



* "Arerê, um lobby, um hobby, um love com você"
("Arerê"; Banda Eva)
Brinque de usar sua lógica de compositor de hits de axé e junte os pontos: qual o limiar comum entre a pressão política exercida por um grupo sobre os parlamentares (lobby), a atividade praticada por diversão (um hobby, que Carla Peres pensa ser um robe), e o amor que se sente? Nenhum, mas gruda forte na cabeça. E, se tratando de axé, é isso que importa.



* "...controlo o calendário sem utilizar as mãos"
("Só love", Claudinho e Buchecha)
Claudinho e Bochecha demonstravam algum tipo de poder metafísico nesta letra, uma vez que atravessam sua folhinha só no pensamento (ou folheando com os pés, se fossem muito coordenados). Seriam os MC's mutantes, ou é serviço de encosto?



* "Bananeira, não sei. Bananeira, sei lá. Bananeira, sei não, uma maneira de ver"
("Bananeira", João Donato e Gilberto Gil)
A contemplação de um pé de bananas fez com que dúvidas existenciais emergissem em João Donato e Gilberto Gil. O clima de Refazenda em versão non-sense obriga os autores a olhar a vida através do ponto-de-vista de uma estanque arvore frutífera.



* "Para quê tanto telefonema, se o homem inventou o avião? Para você chegar mais rápido ao meu coração"
("Tele-Fome"; Jota Quest)
Rogério Flausino e seus companheiros, além de forçar a barra na água-com-açúcar, se esquecem de que não são todos os mortais que podem contar com um salário de estrela do pop-rock para subsidiar suas viagens amorosas. Ou seja, o homem usa o telefone porque não dispõe de grana para pegar um avião o momento que bem entender e visitar a amada. Por mais que a conta seja salgada, não chega aos pés de uma passagem, seja ela nacional ou internacional.

(*Assim como seu xará Krueger, Freddy Clubber também é órfão. O novo colaborador do Portal Skol Beats perdeu a mãe em 1974, no incêndio que consumiu o clube prive "Discanaã", escondido na cobertura do edifício Joelma. Seu pai, um dos DJs que inventou o psy trance nas areias de Goa, se recusou a voltar ao Brasil depois de saber que tinha deixado uma grupie de pick ups grávida. Devido à sua trágica história, Clubber acabou por desenvolver uma esquizofrenia musical e redige textos que oscilam entre juras de amor e declarações do mais profundo ódio.)